O soro desperta-me
Para as horas
Que me escapam.
Em gotas de apatia,
Junto, corre o dia.
Raios finais de sol
Deitam-se, leves,
Sobre o lençol.
Fazem sombras
Tortas nas dobras.
A amargura
Toma o quarto,
Vale-se da bruma.
Atravessa a janela,
Minh’alma afivela.
[Ari Donato | Salvador / 1997]