Soprou a brisa no fim da tarde
e trouxe-me um suave perfume.
Oh, doce sabor! Donde é que veio,
de qu’estrela, assim, inebriante?
Seria mesmo de tão distante?
Ah! De que astro volátil emana
este lauto e gracioso enleio,
ao qual, ávido, meu prazer se une?
Ora, do pano do teu vestido
desprende o perfume que me inflama.
Imagina, então, meu devaneio,
houvesse do teu corpo saído.
[ Ari Donato | Salvador / 2017]

Foto Ari Donato | Guanambi | Setembro de 2017.